Molde estranho (Moacyr Luz e Rogério Batalha)


Você que faz da deslealdade seu brinquedo
Talvez ache que o amor é um degredo
Você que faz da paixão um molde estranho
Talvez ache que o desengano seja um berço

Quem faz da maldade seu endereço
Não sabe que a dor não é um adereço
Quem faz do amor um corpo estranho
Não mede o tamanho do desapreço.

Bem se vê que só quer ver a dor em mim
Bem se vê que só quer ver o amor assim

Você que planta sua vida sobre pedras
E faz disso um estranho vício
Você que não semeia uma brisa    
Talvez ache que viver seja só isso.